Por Rogério Utrila para Rádio Web Stay Rock Brazil www.stayrockbrazil.com.br
Fotos: Jéssica Menezes e Rogério Utrila
Uma semana após o Rock in Rio, num
domingo nublado do dia 29 de setembro, a Grande SP também apresenta o
seu mega evento: o Osasco Rock Festival, realizado no Estádio Municipal
Elzo Piteri, Vila Yolanda.
Idealizado pela Prefeitura de
Osasco e a Amplitude Produtora & Studio, o festival teve a
participação das bandas Etnias, Euphúria, Suíteluxo, Stoneria, No Way,
Infestatio, Troll, Velhas Virgens, Krisiun e Matanza. A aquisição dos
ingressos era feito através de troca de alimentos não perecíveis, que
foram doados ao Fundo Social de Solidariedade do Município.
Foto: Jéssica Menezes
Pouco depois das 10h os portões foram
abertos e os fãs já começaram a escolher os melhores lugares para curtir
os shows, alguns até ensaiavam uns “mosh pit” (que foi comum durante
quase todas as apresentações). Às 11.30h sobre ao palco a primeira
atração: Etnias.
Foto: Jéssica Menezes
A banda foi criada em 2003 com a
proposta de trazer o peso do Rock e a atitude do Hip Hop em músicas de
cunho social e de protesto. Encerrou as atividades em 2005, mas voltou
em 2013, a pedido de amigos. Os integrantes do Etnias, Felipe Bentivegna
(Guitarra), Erick 25 (Bateria), Djalma Neto (Baixo) e Roger 13"
(Vocal), executaram composições próprias, entre elas “Enquanto o Mundo
Explode”, “Sangue do Céu” e “Resumo do Inconsciente” (que teve a
primeira manifestação de Mosh Pit a pedido do vocalista) e no final da
apresentação a banda tocou um trecho de “Freedom” do Rage Against the
Machine (o Roger tem um estilo Zack de La Rocha).
Foto: Jéssica Menezes
Na sequência entra a banda Euphúria,
que conta com Cibelli Martinelli (Vocal), Vitor Toyonaga (Guitarra),
Israel Antonini (Baixo) e Saul Oliveira (Bateria); com um repertório
heterogêneo, que oscila pela tríade Rock/Pop/MPB. Começaram a
apresentação com uma música de Alanis Morrissete (You Oughta Know);
tocaram músicas próprias como “América do Sul”, “Pária” e
“Heartbreaker”, um blues que teve durante a execução uma apresentação de
Pole Dance com Maruska, onde deixaram a galera masculina alucinada.
Foto: Jéssica Menezes
A terceira banda a se apresentar foi o
Suíteluxo, composta por Fernando Bam (Guitarra e voz), Fernando Feu
(Guitarra e voz), Jr. Kilhas (baixo e voz), Ricardo Batera (Bateria e
voz), onde as principais influências musicais estão presentes o clássico
Rock ‘N Roll, o Ska, o Reggae, Jazz/Blues e a MPB. Apresentaram
trabalhos autorais como “Sonhos” e algumas covers como “Até Quando
Esperar” da Plebe Rude, que por sinal agitou a galera.
Foto: Rogério Utrila
Com JJ Zen (Vocal), Pedro Rocha
(Guitarra), Gabriel Cardoso (Guitarra), Caius Caesar (Baixo) e Arthur
George (Bateria), o Stoneria entra em cena com um estilo influenciado no
Classic Rock (tanto que começam o show com “Iron Man” do Black
Sabbath). Das músicas autorais “Antisocial” foi bem recebida pelo
público, mas foi com as versões de “Ace of Spades” do Motörhead e
“Blitzkrieg Bop” dos Ramones (que por sinal foi um pedido da galera)
agitaram a adrenalina para realização de várias rodas punk.
Foto: Rogério Utrila
Em atividade desde 2006, a banda No
Way (que está participando de uma enquete para se apresentar no Monsters
of Rock) foi a quinta atração do evento, onde executaram composições de
puro Heavy Metal, misturando componentes novos e antigos. Quem vê a
vocalista Diana Arnos não imagina que ela é detentora de vocais rasgados
e guturais, que foram conferidos nas músicas “March Through The Fire”,
“Praying With Bullets”, “ Leading Way to Suicide” e “Refuse/Resist” do
Sepultura. Os outros integrantes são Rodrigo Alves (Guitarra), Felipe
Ribeiro (Baixo) e Daniel Bianchi (Bateria).
Vale ressaltar que as bandas
Euphúria, Suíteluxo, Stoneria e No Way foram selecionadas para o Osasco
Rock Fest através de um concurso onde participaram mais de 110 bandas.
Foto: Rogério Utrila
O Infestatio, banda de Thrash Metal de
Jundiaí veio ao Festival para divulgar músicas do recém lançado EP
F.Y.A. Rafael "Rafão" Neves (Guitarras, Vocais), Reginaldo "Regi" Iobbi
(Guitarras), Diego "Negão" Necromancer (Baixo) e André "Fanta"
(Bateria) mostraram um som poderoso e como eles dizem “para arrebentar
pescoços”, principalmente nas versões de “Evil Dead” da banda Death e
“Slave New World” do Sepultura.
Foto: Rogério Utrila
Com 15 anos de estrada, a banda
mineira Troll, formada por Cblau (Bateria e Voz) e Junior Bertoldi
(Guitarra e Voz) entra em cena. A proposta do grupo é fazer um Rock ’N
Roll próprio com uma linguagem musical diferenciada do Rock Nacional.
Destaque para a versão pesada da música “Linda Juventude” do 14 Bis. Num
determinado momento, Junior perguntou para a galera se eles queriam
ouvir Linkin Park, que foi respondida com uma sonora vaia. Então
resolveu tocar uma versão com um “convidado especial”: “Another One
Bites The Dust” do Queen com Freddie Mercury “cantando” (enquanto a
banda executava a música com arranjo próprio era exibido o clipe no
telão com destaque ao vocal).
Antes da entrada das principais
atrações, o prefeito de Osasco Jorge Lapas subiu ao palco para deixar
seu recado: que estava ali não para fazer discurso político, mas para
curtir Rock como todos os presentes. Na sequência houve uma queima de
fogos de artifício e o próprio prefeito anunciou que a próxima atração
seria o Velhas Virgens.
Foto: Jéssica Menezes
Com letras irreverentes (geralmente
com assuntos sexuais e alcoólicos) o Velhas Virgens começa o show com
“Sapato 36” de Raul Seixas. Dentre as músicas que agitaram a galera
estão “Madrugada e Meia de Amor”, “Abre Essas Pernas”, “Eu Bebo Sim”;
além dos discursos de Paulão de Carvalho, regados com muita sacanagem e
ironia. Juliana Kosso também causou furor quando entrou travestida de
Angus Young e depois usando um vestido de noiva, fora as simulações de
masturbação que deixou o público masculino em êxtase. No bis a banda
presta uma homenagem ao Made in Brazil tocando “Minha Vida é Rock ‘N
Roll”, onde o Paulão assumiu o baixo.
Foto: Rogério Utrila
Uma semana depois de sua apresentação
no Rock in Rio ao lado do Destruction, o Krisiun sobe ao palco para
mostrar ao público porque é considerado um dos grandes nomes do Death
Metal nacional. “Kings of Killing”, “Combustion Inferno” e “Vicious
Wrath” foram algumas das músicas que fizeram a galera “se divertir”
executando “Mosh Pit”. Alex Camargo ainda mencionou que mesmo a banda
sendo do Sul se sentiam “cidadãos de Osasco”, pois estavam residindo em
Jaguaré (bairro próximo à cidade). No setlist foi incluída as covers de
“No Class” (Motörhead) e “Black Metal” (Venom); essa com a participação
especial do guitarrista do Korzus Antônio Araújo.
Foto: Jéssica Menezes
Para fechar o festival, sobe no palco a
banda mais esperada pela maioria dos presentes: Matanza. E a chuva
resolveu vir junto, mas isso não tirou o ânimo da galera que agitou e
cantou a todo instante. “Rio de Whisky”, “Clube dos Canalhas”, “Ela
Roubou Meu Caminhão”, “Bom é Quando Faz Mal” e “Mulher Diabo” (com
direito a garotas tirando as camisetas e “mostrando seus dotes” no meio
do público) foram algumas músicas que fizeram parte do setlist.
Foto: Rogério Utrila
No final todos saíram satisfeitos com o
resultado: ótimos shows e estrutura e nenhuma briga registrada. Pelo
visto, ano que vem teremos uma nova edição do Osasco Rock Fest, o que
seria bem vindo para todos os amantes do bom e velho Rock ‘N Roll.
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